domingo, 6 de março de 2011

O ULTIMO DIA ( SEGUNDO GEOVANI PIRANINI )

 O dia amanhecerá ótimo, os passarinhos cantavam e o sol brilhava, no Brasil aquilo era comum, mais em São Paulo, nada normal. Pessoas andavam pelos centros, bebiam água sem parar, outros trabalhavam em baixo de ventiladores. Piscinas estavam cheias de pessoas bonitas, casadas, solteira e cheias de calor.
  Dezembro, o calor é normal, férias escolares e crianças corriam freneticamente, sem parar nem um minuto. Cinemas lotados, parques, praias, todos riam apenas por saber que o sol estava ali abençoando aquele maravilhoso dia. As poucas pessoas que estavam em casas assistindo televisão, viram que estava 40 º graus.  
  Geovani Piranini, grande empresário, rico, com uma vida feita. Vivia em festas importantes e aparecia muito em revistas de fofocas. Mais naquele dia o grande empresário corria no parque Villa Lobos com seus dois parceiros, Marcio e Andrey Marcus, irmãos e herdeiros de uma fortuna incalculável. Eles treinavam para uma grande competição, que aconteceria dali uma semana, mais naquele dia o sol fazia de tudo para eles não treinarem. 
  Os relógios batiam seis horas da tarde, Geovani já havia parado de correr e tomava água de coco. Jogava conversa fora com seus amigos, o sol aos pouco ia embora, mais ainda se podia sentir um calor infernal. O parque ainda estava lotado, era uma sexta-feira, então, muitas pessoas não tinham horário para voltar e continuavam lá a se divertir. Foi quando tudo aconteceu...
  Ele olhava para seu copo e ria do que seu amigo Marcio havia dito, segundos depois todos ouviram um grito estridente e muito horripilante de uma mulher a poucos metros dali, Geovani se assustou e olhou rapidamente para a mulher que apontava para o céu, ao ver o que a mulher apontava a única coisa que Geovani pensou foi: “MEU DEUS!”.
  Uma bola de fogo caia do céu, uma esfera monstruosa, iluminava o céu acinzentado, demoro alguns segundos para que todos percebessem o que estava havendo, e entes que todos começassem a corre ou a gritar, a terra tremeu e ao fundo pode se uma grande explosão, algo inacreditável, então, o caos se instalou. Era gente gritando, correndo, caindo, mães com filhos, pessoas com cachorrinhos, uma imagem comum a quem assistia filmes de ficção cientifica, mais horripilante a que vivia aquilo.
  Geovani correu como nunca antes, aquilo tudo parecia um formigueiro, enquanto corria ele via rostos que choravam, imploravam e desacreditavam naquela situação, mais o que era aquilo? será que só em são Paulo aquilo estava acontecendo.
  NÃO.
  Quando entrou no carro, Geovani ligou o radio para ver o que estava acontecendo, e o locutor gritava: - É O FIM DO MUNDOOOO! IMAGENS NÃO PARAM DE CHEGAR, O MUNDO TODO ESTÁ DE CABEÇA PRA BAIXO, EM CADA PARTE DO PLANETA PESSOAS ESTÃO MORRENDOOOO... MEU DEEEUS! O QUE ESTÁ ACONTECENDO? O QUE FIZEMOS ?
  Aquilo o deixou desesperado, pensou na família, na mulher e nos seus dois filhos que estavam de férias em Nova York, e começou a chorar, batia desesperadamente no volante e berrava sem parar. Ao redor de seu carro pessoas ainda corriam, umas paravam e pediam para entrar, outras eram atropeladas.
  A bola de fogo já havia caído em algum lugar da terra, e pode se ouvir o impacto. Não pensou em outra coisa ao não ser em ligar o carro e ir onde desse, ele não sabia ao certo que estava acontecendo. Depois de vinte minutos andando sem rumo imagens vistas nas ruas não saia de sua cabeça, estradas que sugava o que estava ao seu alcance, casas pegando fogo, pessoas desesperadas, tudo aquilo o traumatizou. A terra estava virando um inferno, e era questão de tempo para tudo piorar.
  O mundo inteiro, naquele momento não parava de rezar para alguém no céu. Ao mesmo tempo em que pediam, questionavam a existência Deus.
 Geovani chorava, misturando raiva, medo, temor, e arrependimento, tudo isso o fazia pisar mais rápido no acelerador, quando olhou para traz e viu a coisa mais horripilante da toda sua pobre vida na terra, a lava que a bola de fogo tinha causado vinha logo a trás, queimando tudo o que estava na sua frente e não deixava nada vivo, estava a 200 m de seu carro, era questão de tempo o fim.
  “MEU DEUS, MEU DEUS... JÁ ERA, PROTEJA MINHA ESPOSA E MEUS FILHOS. ESPERO QUE O SENHOR NÃO TENHA SE ESQUECIDO DE NÓS, POR QUE A MUITO NOS ESQUECEMOS DO SENHOR...”.
  Geovani pedia levianamente, pois sabia que aquilo que tinha pedido era em vão e o fim era uma coisa certa, então, esperou o inevitável acontecer e por alguns segundo rezou
  Para quem ?.
  NUNCA saberemos...